quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Passado negro

Um amigo meu me disse que não importa o quanto uma mulher tenha mudado, que não importa se ela foi fiel por 6 anos de namoro, que não importa se o cara é a pessoa que trai, mas sim, que o romance e todo amor que ele sentia por ela, ira mudar ao saber que ela pegava uns 10 caras na balada quando ela saia e era solteira livre e independente. Eu afirmei que era algo que a sociedade principalmente feminina impunha isso, mas ele afirmou que não, que era algo da natureza do homem sentir tal remorso, que ao saber dessa noticia tão memorável, um cara poderia não sentir o que sentia antes pela namorada que foi tão ridiculamente fiel todo esse tempo. 

Um homem pode sair na balada enquanto solteiro, pegar varias na mesma noite e se vangloriar para os amigos, mas não importa o que aconteça, uma mulher não pode ter a mesma diversão pois de um jeito ou de outro, ela ainda será uma biscate?! E lembrando que dentre esses alguns que ela pegou na micareta, ele estava na lista e também pegou o mesmo número.
Da onde então vem essa natureza masculina de sentir menosprezo por uma vida de solteiro na qual ele mesmo praticava?
Porque uma mulher sabendo que o homem saia pegando varias na mesma noite e ate mesmo comendo varias, não se importara se tiver uma boa confiança
Certo de que , essa confiança precisa existir, pois um cara que não prestava por mais que a gente tente, sempre sobrará uma pulga atrás da orelha por mínima que for e por qualquer desculpa que colocarmos na nossa cabeça, pensaremos: ele pode estar com outra!
Talvez o passado e tudo aquilo que praticamos enquanto solteiras irá nos perseguir pra sempre, e nisso, homens e mulheres são iguais, porém, de ângulos diferentes, pois os homens passam a não dar valor para tais mudanças e as mulheres....aaaah mulheres...sempre desconfiando se realmente houve mudança.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O xadrez do amor

                 Certa noite, deitado em minha cama, enquanto contemplava o teto de meu quarto, pensei em dois jogos que sempre gostei em minha vida. O xadrez e o amor, e achei muito interessante como essas duas coisas são muito parecidas.                



               A maior parte dos homens passa a vida sendo verdadeiros cavalos, às vezes são apenas corrompidos pela vida e perdem os ideais do romantismo, da apreciação, do companheirismo, virado apenas peças sem valor e sem conteúdo que não ser servem para fornecer qualquer outra alegria alem de sua total ausência.
 
                As mulheres, que para fugir dessa total falta de tato dos seus às vezes tão odiados (mas tão procurados) cavalos, trancam-se em torres cada vez mais altas, tentando fugir do sofrimento que muitas vezes nós as infligimos, nem sempre por mal, nem sempre por malicia, quem sabe por puro medo ou falta de experiência.

                Ambos, enquanto num tabuleiro monocromático, jogam, dia e noite, com sentimentos, emoções, planos. Tudo é minuciosamente pensado, planejado, movido, você adianta passos, sofre por antecedência, cansa, se irrita, quem sabe até pense em deixar tudo para lá e ir jogar dominó.

                Mas no fim da noite, o que ambos querem, seja por solidão ou um minuto de carência, por vezes ate mesmo porque julgam ser o passo seguinte, só querem mesmo é unir-se na frente de um bispo, e serem felizes para sempre.

                Nós, que apostamos às vezes tão alto em projetos que já nascem mortos, cremos que temos todo o tempo de mundo, cremos sermos imortais, indestrutíveis, conforme nos enchemos de necessidades e deveres, acordamos um dia e percebemos ter tomado um cheque mate da vida, e percebemos que não somos mais o rei de nada, tampouco temos alguma rainha ao nosso lado.

                E então, talvez tarde demais, talvez cedo demais, talvez na hora certa, você percebe que no fim, nós somos apenas meros peões, e necessitamos uns dos outros para sermos felizes.
http://www.youtube.com/watch?v=1mB0tP1I-14